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Investigação

CNMC inicia investigação ao Idealista por inflacionar o preço dos imóveis

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A CNMC (Comisión Nacional de los Mercados y de la Competencia) abala os alicerces do mercado imobiliário. A instituição presidida por José María Marín Quemada abriu um processo contra o Idealista e seis outras empresas por inflação artificial do preços dos imóveis.
A plataforma defende-se, garantindo que os preços são “definidos livremente pelos anunciantes que divulgam os seus imóveis” na sua base de dados.
A CNMC abala os alicerces do mercado imobiliário. A instituição presidida por José María Marín Quemada abriu um processo contra o Idealista e seis outras empresas por inflação artificial do preços dos imóveis.

A investigação, derivada de uma série de inspeções realizadas em novembro, tem como objetivo determinar se estas empresas realizaram “práticas restritivas de concorrência no mercado de mediação imobiliária”. Essas práticas consistiriam, segundo a CNMC, na inflação de preços e de outras condições, mediante o uso de softwares e algoritmos.

Por isso, além de mediadores, também estão a ser investigadas empresas especializadas em soluções informáticas. Os processos foram abertos contra a CDC Franquiciadora Inmobiliaria, Look&Find, Inmovilla, Idealista, Witei, Anaconda Services and MLS (Real Estate Technologies).

Um proprietário pode divulgar o seu imóvel de forma independente no Idealista, definindo o preço que considera ser apropriado. No entanto, pode também contactar mediadores que o ajudem a colocar o imóvel nesta plataforma ou noutra. O que a CNMC está a investigar é se esses mediadores adotaram práticas ilegais, como por exemplo estabelecer comissões pela venda ou arrendamento de determinados imóveis o que, por sua vez, teria impacto no preço final dos mesmos. Além disso, pretende igualmente investigar aprofundadamente o papel dos softwares e algoritmos neste processo.

A investigação é um marco importante por diversos motivos. Em primeiro lugar, é a primeira vez que a CNMC abre um processo contra empresas pelo uso de determinados algoritmos, ferramentas chave para as plataformas digitais. Até ao momento, apenas um outro organismo europeu relacionado tinha aberto um processo relacionado com algoritmos.

A plataforma não demorou muito a falar sobre o processo: “O Idealista nunca estabelece ou altera preços ou condições comerciais, que são livremente definidos por anunciantes que divulgam os seus imóveis na nossa base de dados sem nenhum algoritmo que altere os preços”, explicou o portal num comunicado que afirma que “os anunciantes são sempre responsáveis por todas as informações que divulgam ou partilham”.

“O Idealista é exclusivamente um provedor de serviços tecnológicos. Nunca intervém nas operações realizadas através do portal imobiliário nem arbitra ou medeia as relações entre anunciantes ou utilizadores”, conclui o texto.

 

Notícia vista em abc.es
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1 Comentário
José Pereira
11:55, 27 fevereiro 2020
Imobiliárias
Acho que as imobiliárias tem muita culpa pela inflação no sector do imobiliário e no arrendamento, porque quando um proprietário consulta uma empresa do sector estes fazem avaliação e aconselham o seu valor.
Comentário
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